Com rio abaixo de 2 metros, capital acreana teve apenas 26% do volume de chuvas esperado para agosto
Queda de chuvas em agosto agrava seca no estado acreano, com o Rio Acre em nível crítico. Apesar da previsão para setembro, a Defesa Civil mantém alerta devido aos riscos de incêndio.

A capital Rio Branco registrou apenas 26% do total de chuvas aguardado para o mês de agosto. Conforme a Defesa Civil Municipal, o acumulado de chuvas no período foi de 12,2 milímetros. Eram esperados 46,5 milímetros.
Já em julho, por exemplo, a capital registrou apenas 8 milímetros de chuva durante todo o mês, equivalente a um único dia de chuva. Isso representa menos de 30% da média histórica para o mês, que é de 29,3 milímetros.
A Defesa Civil Municipal espera 92,7 milímetros de chuva em setembro. A previsão também indica até 50 milímetros na região do Juruá e 20 milímetros no leste do estado.
Para o órgão, são consideradas chuvas significativas aquelas com mais de 30 milímetros. Isso é importante nesta época, porque o solo seco não consegue absorver muita água.
Rio Acre
Sem chuvas significativas, o nível do Rio Acre segue abaixo dos 2 metros na capital desde o dia 2 de julho. Nesta sexta-feira (5), o manancial marca 1,49 metro.
A pior cota da história foi alcançada em setembro, quando marcou 1,23 metro. As menores cotas já registradas são:
Cenário crítico
Por conta da seca dos rios que cortam o estado, no dia 6 de agosto, o governo Gladson Camelí publicou o decreto que colocou o Acre em situação de emergência. No mesmo dia, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também assinou o decreto de situação de emergência por conta da seca do Rio Acre.
Em Rio Branco, ainda está em andamento a Operação Estiagem, que leva água para comunidades rurais. Com a seca, algumas famílias precisam contratar caminhões-pipa, mas o serviço é caro e pode demorar.
A operação começou em 7 de julho e deve continuar até dezembro. Além de levar água, a Defesa Civil também avalia os prejuízos na agricultura, piscicultura e produção de leite.
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