Após Polônia abater drones russos sobre seu território, analista da CNN Brasil Fernanda Magnotta avalia que conflitos atuais podem caracterizar uma nova guerra global
A possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial ganhou novo destaque após a Polônia, membro da Otan, abater drones russos sobre seu território.

O incidente levou Donald Tusk a afirmar que o país está mais próximo de um conflito desde a Segunda Guerra Mundial.
Para a analista de internacional da CNN Brasil Fernanda Magnotta, é possível que o mundo já esteja vivendo uma Terceira Guerra Mundial há algum tempo, mas com características distintas das guerras anteriores.
"É uma guerra a conta-gotas, desterritorializada, com múltiplos atores em camadas, aplicada a partir de recursos que vão muito além da força e da violência convencional, passando pela tecnologia e pela coerção econômica", explica.
Tensão na fronteira europeia
Em relação ao incidente com os drones, Magnotta ressalta que os europeus têm reagido com ceticismo à possibilidade de ter sido um erro de cálculo, interpretando como uma provocação intencional.
A questão central, segundo ela, é determinar se isso representa uma ação pontual ou pode desencadear um processo de escalada do conflito.
A analista destaca que uma ofensiva deliberada que viole território e ameace cidadãos poloneses poderia pressionar os membros da Otan a adotarem uma resposta coletiva.
No entanto, ela avalia que ainda não há sinais de um conflito convencional direto entre Europa Ocidental e Estados Unidos contra a Rússia.
A situação é particularmente sensível para a Polônia, que tem expressado preocupações constantes desde o início da guerra na Ucrânia.
"Geografia importa e somos nós que estamos na fronteira", relata Magnotta, citando lideranças polonesas com quem se reuniu. Para o país, qualquer movimentação representa uma potencial ameaça à sua sobrevivência, e o episódio dos drones reforça essas apreensões.
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