Ataques acontecem em Gaza após aprovação de acordo de cessar-fogo
Defesa Civil do território palestino alertou moradores a aguardarem a confirmação de que as tropas de Israel recuaram para voltar para cidades desocupadas
A organização de Defesa Civil de Gaza alertou os moradores da região para não retornarem às áreas ocupadas até que Israel anuncie oficialmente a retirada de suas tropas, já que os ataques israelenses continuaram na manhã desta sexta-feira (10), apesar da aprovação da primeira fase do acordo de cessar-fogo.
“Cidadãos da Faixa de Gaza, especialmente os moradores da Cidade de Gaza: pedimos que não se aproximem ou retornem às áreas onde as forças de ocupação estiveram presentes, particularmente as áreas de fronteira da Cidade de Gaza, até que um anúncio oficial seja feito sobre a retirada das forças de ocupação israelenses e seja confirmada pelas autoridades relevantes”, declarou a Defesa Civil.
Na manhã desta sexta-feira intensos ataques aéreos aconteceram no centro de Khan Younis, no sul de Gaza, com bombardeios de artilharia e drones sobrevoando a cidade.
O governo israelense aprovou a primeira fase do acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA durante a madrugada, horário local. Segundo duas autoridades israelenses que falaram sob condição de anonimato, isso significa que o cessar-fogo já está em vigor.
Mas não está claro se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que os militares parassem de lutar.
A CNN entrou em contato com as IDF (Forças de Defesa de Israel) para obter comentários.
A guerra aprofundou o isolamento internacional de Israel e abalou o Oriente Médio, tendo evoluído para um conflito regional que envolveu Irã, Iêmen e Líbano.
Também testou o relacionamento entre Estados Unidos e Israel, com Trump parecendo perder a paciência com Netanyahu e pressionando-o a chegar a um acordo.
Tanto israelenses quanto palestinos comemoraram o anúncio do acordo, o maior passo até agora para encerrar dois anos de guerra, nos quais mais de 67 mil palestinos foram mortos, e devolver os últimos reféns capturados pelo Hamas nos ataques mortais que deram início a guerra.
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