Abastecimento de água segue reduzido e Defesa Civil aciona plano de contingência em Rio Branco

Órgão diz que serviços essenciais são priorizados na capital. Saerb pontuou que sistema está em processo de normalização. Problema persiste há mais de uma semana.

A Defesa Civil de Rio Branco acionou um plano de contingência para garantir o abastecimento de água em serviços essenciais, como hospitais, escolas, delegacias e presídio, após a turbidez elevada do Rio Acre reduzir a produção nas estações de tratamento da capital.

Segundo o coordenador do órgão, tenente-coronel Claúdio Falcão, o plano visa minimizar impactos para manter o funcionamento desses locais mesmo em situações emergenciais.

''Os caminhões-pipa já estão preparados para atender esses lugares caso seja necessário, garantindo que os serviços essenciais não sejam interrompidos” complementou.

Ao g1, o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) informou que, nesta quinta-feira (23), o sistema segue em processo de normalização.

A Estação de Tratamento de Água (ETA) 2 opera em sua capacidade máxima, de 1.000 litros por segundo, enquanto a ETA 1 produz 578 litros por segundo, de um total de 600.

Além disso, na noite da quarta-feira (22), um cano estourado na BR-364, próximo à sede da Polícia Federal (PF-AC), provocou o jorro de grande volume de água.

Segundo o Saerb, a equipe de reparo concluiu o conserto ainda na noite de quarta, e o sistema segue em processo de normalização.

Turbidez

A redução do abastecimento nos últimos dias é consequência da turbidez elevada, provocada pelo excesso de sedimentos trazidos pelas chuvas acima do esperado desde setembro.

Foram registrados índices acima de mil Unidades de Turbidez Nefelométrica (NTU), chegando a ultrapassar dois mil NTU em alguns dias. O limite ideal para o tratamento é de até 800 NTU.

Atualmente, a ETA 1, responsável por 40% da captação da capital, opera com 578 litros por segundo, próximo da capacidade máxima de 600 litros. A ETA 2, que atende cerca de 60% da cidade, está com 1.000 litros por segundo, atingindo sua capacidade máxima.

O Saerb também recomenda que a população faça uso racional da água até que os níveis de turbidez voltem à normalidade, evitando desperdícios, especialmente nos bairros que tiveram o fornecimento reduzido nos últimos dias.

MP investiga

Em setembro, o Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um procedimento administrativo para investigar a falta de água em Rio Branco.

A medida buscava apurar a qualidade do serviço e ainda cobrar explicações da prefeitura sobre as interrupções no abastecimento de diversos bairros da capital.

À época, o Saerb disse que disse que a principal bomba responsável pelo abastecimento havia apresentado uma falha na Estação de Tratamento de Água II (ETA II). Com isso, as regionais do Calafate, Floresta e Distrito Industrial tiveram o abastecimento reduzido na capital.

FONTE: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2025/10/24/abastecimento-de-agua-segue-reduzido-e-defesa-civil-aciona-plano-de-contingencia-em-rio-branco.ghtml