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Estuprada e morta em trilha de Florianópolis: caso Catarina Kasten chocou país em 2025 e alertou para feminicídio

Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe O caso de Catarina Kasten, professora de inglês de 31 anos assassinada em uma trilha de Florianó...

Estuprada e morta em trilha de Florianópolis: caso Catarina Kasten chocou país em 2025 e alertou para feminicídio
Estuprada e morta em trilha de Florianópolis: caso Catarina Kasten chocou país em 2025 e alertou para feminicídio (Foto: Reprodução)

Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe O caso de Catarina Kasten, professora de inglês de 31 anos assassinada em uma trilha de Florianópolis, chocou o país em novembro. O assassino confesso, Giovane Correa Mayer, não conhecia a vítima de 31 anos e virou réu em um processo onde responde por feminicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver. RETROSPECTIVA 2025: O g1 relembra, nesta última semana de 2025, os assuntos que mais repercutiram no ano em Santa Catarina e que chamaram a atenção em todo o Brasil. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp A morte chamou a atenção ainda mais para a escalada de feminicídios em Santa Catarina. O estado registrou em novembro o recorde de 2025 de assassinatos de mulheres. O crime também fez a Polícia Civil reabrir a investigação sobre um estupro contra uma idosa em 2022 que teria sido cometido pelo mesmo suspeito. (veja mais abaixo). Catarina Kasten foi estuprada e morta em trilha em Florianópolis; câmera flagrou suspeito Reprodução Quem era Catarina Kasten? ➡️ Catarina era estudante de pós-graduação em estudos linguísticos e literários na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formada em letras inglês em 2022, ela era professora e já fazia planos para entrar no doutorado, segundo o marido. Os dois viviam na região da praia do Matadeiro, região onde ela foi morta. O corpo foi encontrado próximo à trilha usada como acesso pelos moradores da região. Como é onde fica trilha do Matadeiro? Crime em trilha famosa em Florianópolis Catarina foi sexualmente violentada e assassinada quando saiu de casa para uma aula de natação em 21 de novembro de 2025. O crime aconteceu na trilha da Praia do Matadeiro, que é caminho de moradores da região. O marido dela acionou as autoridades após a vítima não voltar para casa no horário habitual. O corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata às margens da trilha por dois homens, que avisaram os policiais militares que faziam buscas. O suspeito foi identificado após os policiais acessarem imagens de câmeras de monitoramento, com o apoio de moradores da região. Giovane aparecia nas gravações circulando perto do local onde aconteceu o crime. Além disso, duas turistas que acharam a atitude dele suspeita tiraram fotos do homem, que foram incluídas no boletim de ocorrência (veja abaixo). Fotos feitas por turistas e incluídas no Boletim de Ocorrência mostram autor do feminicídio Reprodução Com a identidade confirmada, os policiais foram até a casa dele. No local, o homem natural de Viamão (RS) confessou os crimes. Também disse ter escondido o corpo da vítima em uma área de mata. A defesa do réu é feita por um defensor público. Em nota, o órgão disse que, durante as audiências, toda pessoa conduzida ao cárcere e que não tenha advogado constituído recebe atendimento da Defensoria Pública. O caso está em segredo e não há data de quando o julgamento pode ocorrer. Fotos de turistas, busca na mata e confissão: 10 pontos para entender o feminicídio INFOGRÁFICO: mulher é assassinada em trilha de Florianópolis Arte g1 ➡️ LEIA TAMBÉM: mais sobre caso Catarina Kasten Quem era a mulher morta em trilha de Florianópolis Testemunhas e análise de juiz: entenda os próximos passos do caso Homem é denunciado por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver Trilha do Matadeiro dá acesso à praia e é caminho de moradores da região Catarina Kasten sonhava com nova casa e doutorado Investigação reaberta O feminicídio de Catarina Kasten fez a Polícia Civil reabrir a investigação sobre o estupro de uma idosa de 69 anos em 2022. O autor preso por matar a estudante foi testemunha do primeiro crime e, agora, é considerado suspeito da violência de três anos atrás. Segundo a Polícia Civil, os materiais e vestígios genéticos do autor e dos dois casos vão ser comparados para verificar se são semelhantes. A investigação informou na última segunda-feira, 22 de dezembro, que ainda não havia novidades sobre os exames. Giovane Correa Mayer confessou o crime contra Catarina em depoimento, mas negou envolvimento no caso da idosa. Giovane Correa Mayer, natural de Viamão (RS), preso pela morte de Catarina Kasten Reprodução Na investigação de 2022, Giovane tinha 17 anos e prestou depoimento como testemunha, já que era ajudante de jardinagem na casa da vítima no dia em que ela foi agredida e violentada. O inquérito do caso foi concluído somente em julho deste ano, sem apontar culpados. O Ministério Público recebeu o resultado da investigação em setembro. Segundo o boletim do estupro, a mulher foi agredida e violentada sexualmente na própria casa. A vítima afirmou que o agressor a atacou por trás, sufocando-a possivelmente com uma corda. Ela afirmou não ter visto o autor em nenhum momento, mas percebeu a perna do criminoso, que era branca e com poucos pelos. A idosa relatou ainda que o autor ordenou que ela não olhasse para trás, mas reconheceu uma voz masculina jovem. Repercussão Manifestantes se reuniram no início do mês em Florianópolis para protestar contra feminicídios e as múltiplas violências contra as mulheres. Com cartazes e bandeiras, o grupo também lembrou da professora Catarina Kasten. O "Levante Mulheres Vivas" foi realizado no mesmo fim de semana em diferentes cidades brasileiras contra a escalada da violência de gênero. O Brasil contabiliza mais de mil casos de feminicídio registrados só em 2025. Na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 3 de dezembro, o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, citou o caso de Catarina e manifestou solidariedade à família dela. Também reforçou o compromisso do Judiciário em garantir justiça para mulheres e meninas vítimas de violência de gênero. “Renovamos o apelo urgente por uma mudança cultural profunda. Que o Brasil reconheça sem hesitação a gravidade da violência de gênero e que o silêncio, o preconceito e a naturalização de atitudes machistas sejam substituídos pela denúncia, o apoio à vítima e pela exigência de responsabilização”, relatou. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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