“Inicio meu discurso afirmando em nome do PT que não compactuamos com ações que denigrem a imagem de pessoas com fake news, como fizeram recentemente com o deputado Roberto Duarte. Nós agimos no campo das ideias, dos discursos. Em nome da liderança do Partido dos Trabalhadores, deixo registrada esta mensagem”, pontuou.

A exemplo dos demais parlamentares que já haviam discursado durante a sessão, Daniel Zen também pautou sua fala na situação da Segurança Pública do Estado. Ele se posicionou contrário a uma intervenção federal e afirmou que a solução para resolver essa problemática vai além de contratar novos policiais, e que é necessário um estudo sobre casos semelhantes em países que conseguiram contornar situações parecidas e isso deve ser tomado como exemplo a ser seguido.

“A respeito da intervenção, há menos de um ano e meio, as mesmas pessoas que buscam justificativas para os índices de violência, eram as que pediam por isso. Fui contra na época e continuo com o mesmo posicionamento. Nosso Estado passou a se tornar não só um corredor de passagem, mas também de consumo de drogas. Houve uma migração da produção de cocaína da Colômbia para Bolívia e Peru e o Brasil se tornou um distribuidor da droga. As principais rotas passaram a ser pelo Acre”, explicou.

O petista salientou que a culpa não é nem do antigo governo, nem do atual e reiterou que as Polícias Civil e Militar estão fazendo suas respectivas partes no combate ao crime. Mas destacou que esse é um problema transnacional, que exige um esforço nacional para que se chegue a um ponto inteligente de combate e extermínio do que hoje é conhecido como crime organizado.

“Não há solução mirabolante, muito menos mágica para isso. O atual governo fez discurso eleitoreiro para se eleger prometendo resolver o problema, mas não é assim e eles mesmos sabiam disso. O mundo mudou, o cenário se transformou, apenas aumentar o efetivo da polícia, melhorar salário, fazer mais blitz, condenar mais, não vai ser suficiente porque isso é enxugar gelo. Só esse modelo de guerra às drogas não funciona, é preciso estudar outros modelos que deram certo em outros países e se inspirar neles para combater o tráfico e o uso de entorpecentes. Eu acredito que precisamos adotar um outro modelo de combate ao tráfico, porque esse prende e solta já se mostrou mais do que incapaz”, finalizou.

Agência Aleac